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24 janeiro, 2011
Verão: saiba os cuidados essenciais para se alimentar na praia
O melhor é sempre consumir alimentos industrializados, embalados e de empresas confiáveis.
Sanduíche natural – Tem altíssimo risco de contaminação, pois a maionese é a base do sanduíche e ela se deteriora com poucas horas fora da geladeira. Imagine o ambulante que fez o sanduíche de manhã e vende até o final da tarde na praia? Considere ainda a possibilidade de a maionese ser caseira, o que aumenta ainda mais as chances de você passar mal. Todos os sanduíches levam outros itens perecíveis tais como frios, queijos, salada etc. Mesmo que estejam acondicionados em gelo e em isopores, o risco é alto, pois a temperatura ali dentro vai se reduzindo com o passar das horas, aumentando as chances de contaminação. Prefira comer um sanduíche feito por você em casa antes de ir à praia. Ele será muito mais seguro e nutritivo.
Queijo coalho - Possui alto risco, pois a maioria dos queijos tipo coalho é proveniente de leite não pasteurizado e é produzida de forma caseira. Por isso, ele pode conter vários micro-organismos como a listeria e coliformes causadores de toxinfecções alimentares especialmente em crianças, idosos, gestantes ou pessoas com o sistema imunológico mais comprometido. O risco é um pouco reduzido se for muito bem assado.
Camarão frito no espeto – Possui risco alto de contaminação pela exposição solar acontecer de maneira direta em cima da bandeja. Mesmo sendo submetidos à temperatura na hora do preparo, muitas bactérias ainda permanecem vivas e podem se multiplicar quando são carregados, expostos ao sol. Todos os frutos do mar consumidos na praia são perigosos, especialmente as ostras.
Biscoito polvilho de marca idônea - É uma boa opção, já que os produtos industrializados estão sujeitos a normas rígidas de higiene durante a fabricação. Esses alimentos costumam ser mais seguros do que os feitos de forma caseira, quando não se tem certeza da procedência.
Picolé - Se forem de marca confiável, são super-seguros, pois são de empresas fiscalizadas constantemente pela Vigilância Sanitária. Evite comprar picolés de marcas desconhecidas, pois não se sabe a procedência dos produtos utilizados, como por exemplo, o tipo de água.
Sacolé – O uso de água de procedência duvidosa faz do sacolé um produto altamente arriscado. A água pode veicular até mesmo o vírus da hepatite A. O Sacolé pode também estar contaminado por Salmonella sp., Staphylococcus aureus, Shigella sp, E.coli dentre outros micro-organismos. Essa contaminação ocorre tanto por contaminação no freezer, quanto por contaminação do manipulador. A maneira com que as frutas serão trabalhadas também confere risco, pois podem ser usados na manipulação utensílios que já foram contaminados com outros micro-organismos na cozinha.
Abacaxi - Não sabemos se a faca que cortou o abacaxi foi higienizada corretamente - esse pode ser um primeiro ponto de contaminação. Além disso, esse tipo de alimento fica exposto em cima de gelo e não se sabe a procedência da água de que foi feito o gelo, que pode estar contaminada com os mais diversos micro-organismos, até mesmo coliformes fecais (especialmente arriscado é o gelo de barra que não é feito com água potável) . Isso tudo pode levar a casos de intoxicação alimentar. Dê preferência ao picolé ou suco de frutas de alguma marca já conhecida no mercado.
Esfiha – É uma opção melhor do que os salgados fritos, mas de qualquer forma não é uma opção boa para a praia por ser uma opção calórica e fonte de gordura trans, além de ser passível de contaminação por micro-organismos. Se acabar optando por ela, prefira recheios como queijo ou pizza (queijo com tomate), deixando de lado os de presunto, calabresa, salsicha e carne, mais sujeitos à contaminação em ambientes quentes como a praia. Preste atenção para consumir no horário de inicio de venda desses produtos (durante a manhã) e não comer às 16:00h, quando o vendedor já está com o produto exposto há muitas horas e provavelmente com uma temperatura inadequada à manutenção do produto.
Salada de frutas - Não se sabe como a fruta foi manipulada até chegar à praia. A higienização das frutas e da faca utilizada para picá-las é outro fator de risco. Além disso, as altas temperaturas da praia tornam a salada de frutas o paraíso perfeito para a multiplicação de bactérias. O melhor seria você mesmo levar a salada de frutas de casa em um isopor ou bolsa térmica ou consumi-la assim que pôr os pés na areia. Como já disse, dê preferência aos picolés de frutas de marcas conhecidas no mercado.
Açaí com granola - Preocupe-se em saber se a polpa utilizada não é artesanal e sim industrializada e pasteurizada para que seja eliminada a possibilidade de contaminação da fruta até mesmo pelo barbeiro, que transmite a doença de chagas. Procure consumir esse tipo de alimento em locais conhecidos e com boa higiente. Tomando essas precauções, delicie-se com esse delicioso fruto rico em antioxidantes. Lembre-se de o que o torna calórico não é a fruta e sim seus acompanhamentos com o xarope de guaraná e a granola.
Milho – É uma boa opção pela sua composição nutricional, pelo baixo risco de contaminação. Por ser cozido, é uma ótima opção em substituição a sanduíches naturais ou alimentos que se deterioram rapidamente com o calor. Apenas verifique se o milho está totalmente imerso e a água em ebulição para reduzir o risco de contaminação.
Coco – Ótima opção para garantir a reposição de liquidos e eletrólitos perdidos com o suor na praia, especialmente se você pratica algum tipo de atividade física como surf, frescobol, caminhadas ou corridas. Procure ingerir um coco a cada duas horas de exposição ao sol. Se desejar abrir o coco, a polpa é bem energética, sacia a fome e a gordura é benéfica à saúde. O único cuidado que se deve ter ao comer a polpa, é com a faca utilizada para o corte, que deve estar limpa. Para reduzir a possibilidade de contaminação, procure beber a água diretamente no coco.
Cerveja – Embora quando estupidamente gelada seja a cara do verão e seja a preferência nacional beber bebidas alcoólicas, pode aumentar o risco de desidratação quando a consumimos ao sol. Se desejar beber uma gelada, prefira alternar com água de coco ou água entre uma e outra e limite a ingestão, não exagerando.
Guaraná natural e refrigerantes – Não oferecem risco de contaminação, por ser um alimento embalado, fechado e de empresa qualificada. Do ponto de vista nutricional, no entanto, não é nutritivo quanto um suco de fruta ou água de coco.
Mate de galão - Ele é de altissimo risco!!! Já existe até pesquisa revelando que 100% das amostras avaliadas apresentavam mais de 50% da quantidade de coliformes fecais permitidos, o que pode provocar diarreias e vômitos. Pode haver contaminação devido ao tipo de água utilizada (muitos dizem ser feito até com água de torneira da praia), ao tipo de gelo e à limpeza dos recipientes. Vale dizer que a venda desse tipo de mate já foi proibida desde 2005, mas não é respeitada.
Caipirinha - O ingrediente de maior risco na caipirinha é o gelo. É comum o gelo feito em casa ser contaminado por micro-organismos provenientes do congelador que passam para as formas. Outra forma de o gelo ser contaminado é utilizar as mãos para servir. O gelo deve ser feito com água potável e filtrada. A caipirinha também pode ser feita com frutas higienizadas em água de má qualidade, o que também compromete o resultado. A casca de limão, por exemplo, armazena grande quantidade de micro-organismos. Se quiser consumir caipirinha, procure pelo menos não colocar gelo dentro.
Amendoim com casca – O amendoim pode ser fonte de contaminação por um tipo de toxina proveniente de fungos chamada Aspergillus flavus, podendo causar, entre outras coisas, redução da imunidade e até câncer hepático. No Brasil, infelizmente não temos um controle rigoroso da autoridade sanitária sobre essa questão, o que coloca mais em risco a população. Essa contaminação pode ocorrer durante o plantio ou armazenamento, sobretudo em locais de maior umidade. Fique atento ao prazo de validade do produto e ao aspecto da embalagem, que não pode estar violada. Não recomendo o consumo freqüente, mas se for algo eventual, não há problema no consumo.
O melhor é, sempre que possível, consumir os alimentos industrializados, embalados e de empresas confiáveis como: bebidas, picolés, biscoito polvilho, em vez de comprar produtos de ambulantes. Procure fazer um café da manhã super-reforçado antes de sair de casa para a fome não bater rapidamente. Traga de casa pães integrais, frios, geléia, mel, sucos de frutas naturais, água de coco, barras de cereais, castanhas, frutas desidratadas, sanduíches etc
Fonte: Clínica Patricia Davidson Haiat – Nutrição Funcional
Rua Visconde de Pirajá, 547 / sala 615 / Ipanema 2000
Rio de Janeiro / Tel/Fax: 21 2511.1453
http://www.patriciadavidson.com.br/
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