Cardápio para diabéticos: o que considerar?
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22 setembro, 2021

Cardápio para diabéticos: o que considerar?

A diabetes, conhecida cientificamente como Diabetes mellitus, é uma doença metabólica crônica caracterizada pelo aumento dos níveis de açúcar/glicose no sangue. Isso acontece porque a insulina, que é o hormônio que transporta a glicose do sangue para o interior das células, não é produzida ou não funciona corretamente, fazendo com que o açúcar vá se acumulando no sangue ao invés de ser gasto nas células do corpo. Na maior parte dos casos, a diabetes surge ao longo da vida, principalmente devido a maus hábitos de alimentação, mas também pode estar presente desde o nascimento.

Tipos de diabetes

Existem três tipos de diabetes: tipo 1, diabetes tipo 2 e diabetes gestacional.
  • Diabetes tipo 1

Na diabetes tipo 1, o pâncreas, responsável pela produção de insulina, não produz o hormônio ou o produz em quantidade insuficiente devido à destruição das células responsáveis por essa produção. Dessa forma, a concentração de glicose no sangue aumenta significativamente e a pessoa tem que aplicar insulina diariamente. A causa da diabete tipo 1 é genética ou autoimune e pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum em crianças, adolescentes e adultos. Seus sintomas são sede, fome, poliúria (emissão excessiva de urina), entre outros.
  • Diabetes tipo 2

A diabetes do tipo 2 é muito comum em adultos com mais de 40 anos, acima do peso, sedentarismo e fumantes, mas nos últimos anos vem sendo diagnosticada em pessoas jovens devido aos maus hábitos alimentares, sedentarismo e vida estressante. Na diabetes tipo 2, o pâncreas produz insulina em quantidade insuficiente ou a produz normalmente, mas o organismo não consegue utilizá-la de forma correta. Ao contrário da anterior, a diabetes tipo 2 é assintomática na maioria das vezes.
  • Diabetes gestacional

A diabetes gestacional se manifesta durante a gravidez e, na maioria dos casos, desaparece logo depois do parto. No entanto, algumas mulheres podem desenvolver a diabetes tipo 2 após a gravidez. As pessoas que apresentam esse tipo de diabetes têm, durante o pré-natal, um acompanhamento específico com o médico, que monitora os riscos para mãe e bebê. Assim, mulheres que engravidaram acima do peso, que tiveram gestações em que o bebê nasceu com mais de 5 kg, ou que já tiveram diabetes gestacional, têm mais chances de desenvolverem a doença deste tipo.. O tratamento irá depender do tipo de diabetes que a pessoa desenvolveu. Na diabetes do tipo 1, a pessoa deverá tomar, para o resto da vida, injeções de insulina, enquanto no tipo 2 o paciente deverá fazer dieta, praticar exercícios físicos, tomar corretamente os medicamentos prescritos pelo médico, entre outras atitudes. Já na diabetes gestacional, a futura mamãe deverá seguir à risca as recomendações dadas pelo médico, pois há riscos de o bebê apresentar problemas no nascimento.

O que incluir e o que evitar em um cardápio para diabéticos?

A alimentação é um dos pilares do tratamento da diabetes e um desafio para quem tem a doença, pois hábitos como manter a dieta equilibrada, vida ativa e controle constante da taxa de glicemia podem garantir bem-estar aos pacientes. Além do monitoramento da glicose e do uso de medicação quando necessário, as pessoas podem controlar a doença com exercícios físicos e mudanças na dieta. O que se escolhe incluir ou não na alimentação é fundamental não só para manter saudáveis os níveis de glicemia no sangue, mas também para evitar outros problemas de saúde que, associados à diabetes, conduzem a um pior prognóstico: obesidade, hipertensão ou colesterol e triglicerídeos elevados no sangue. Lembre-se: uma alimentação saudável contribui para a eficácia do tratamento medicamentoso. As refeições devem ser fracionadas em pequenas porções ao longo do dia, entre 5 a 7 refeições diárias, e o paciente deve ficar atento à leitura dos rótulos dos alimentos para que saiba sempre o que está consumindo e em que quantidade. Os alimentos que devem ser priorizados no cardápio da dieta para diabéticos são aqueles ricos em fibras, proteínas magras e gorduras boas, como:
  • Grãos integrais: farinha de trigo integral, arroz e macarrão integral, flocos de aveia e quinoa;
  • Leguminosas: feijão, soja, grão-de-bico, lentilha e ervilha;
  • Legumes: alface, tomate, rúcula, acelga, abóbora e vagem;
  • Carnes magras: peixes, frango, carne bovina magra, como músculo e patinho;
  • Frutas: laranja, mamão, pera, abacaxi, pêssego e tangerina;
  • Gorduras boas: abacate, coco e óleos vegetais, como azeite extravirgem e manteiga;
  • Oleaginosas: castanha, amendoim, avelãs, nozes e amêndoas;
  • Leite e derivados: dê preferência às versões desnatadas e sem adição de açúcar, como leite desnatado, iogurte natural desnatado, queijos brancos como ricota, queijo de Minas e cottage.
Os alimentos que devem ser evitados na dieta para diabetes são aqueles ricos em açúcar ou carboidratos simples, como:
  • Açúcar e doces em geral;
  • Mel, geleia de frutas, compotas, marmelada, produtos de confeitaria e pastelaria;
  • Doces em geral, chocolates e guloseimas;
  • Bebidas açucaradas, como refrigerantes, sucos industrializados e achocolatados;
  • Tubérculos em geral, como batata, batata-doce, macaxeira e inhame, pois têm elevada concentração de carboidratos e devem ser consumidos em pequenas porções;
  • Carnes processadas, como presunto, peito de peru, salsicha, linguiça, bacon, mortadela e salame;
  • Bebidas alcoólicas, como cervejas, vinhos e destilados.
É essencial seguir uma dieta saudável que seja equilibrada, variada e inclua elementos dos principais grupos alimentares todos os dias.   Raquel Marques Nutricionista Raquel Marques CRN: 131 00 347 Nutricionista / Pós-Graduada em Nutrição Clínica / Coach de Emagrecimento / Nutrição Funcional / Fitoterápico Tel: (21) 96489-6393 – e-mail:[email protected] Instagram: @nutriraquelmarques