Alimento industrializado saudável: é possível?
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13 maio, 2021

Alimento industrializado saudável: é possível?

A alimentação é constituída por vários tipos de alimentos, como in natura ou minimamente processados, processados e ultraprocessados. No Guia Alimentar para a População Brasileira, o Ministério da Saúde divide os alimentos em três tipos, de acordo com o nível de processos industriais aos quais foram submetidos. É possível entender a diferença entre alimentos naturais e industrializados.
  • In natura: alimentos obtidos diretamente de plantas ou de animais e que não sofrem qualquer alteração após deixar a natureza, ou os minimamente processados que são produtos extraídos de alimentos in natura ou da natureza através de processos como prensagem, moagem, trituração, pulverização e refino.
Exemplos: In natura: folhas, frutas, verduras, legumes, ovos, carnes e peixes. Minimamente processados: arroz, feijão, leite, lentilhas, cogumelos, frutas secas, sucos de frutas sem adição de açúcar, castanhas e nozes sem sal, farinhas de mandioca, de milho, de tapioca ou de trigo e massas frescas.
  • Processados: alimentos in natura fabricados pela indústria com a adição de sal, açúcar ou outra substância de uso culinário para torná-los duráveis e agradáveis ao paladar.
Exemplos: conservas em salmoura (cenoura, pepino, ervilhas e palmito), compotas de frutas, carnes salgadas e defumadas, sardinha e atum em latinha, queijos feitos com leite, sal e coalho e pães feitos de farinha, fermento e sal.
  • Ultraprocessados: são formulações da indústria feitas inteiramente, ou majoritariamente, de substâncias extraídas de alimentos (óleos, gorduras, açúcar, amido e proteínas), derivadas de constituintes de alimentos (gorduras hidrogenadas e amido modificado) ou sintetizadas em laboratório com base em matérias orgânicas, como petróleo e carvão (corantes, aromatizantes e realçadores de sabor para ficar atraente).
Exemplos: salsichas, biscoitos, geleias, sorvetes, chocolates, molhos, misturas para bolo, barras energéticas, sopas, macarrão e temperos instantâneos, salgadinhos chips, refrigerantes e produtos congelados e prontos para aquecimento, como massas, pizzas, hambúrgueres e nuggets. Fonte: Guia Alimentar Para a População Brasileira. Infografia de Larissa Kimie Enohata/Portal eCycle A comida industrializada se divide tanto em alimentos processados quanto ultraprocessados e pode causar problemas de saúde se consumida em excesso. No processo de industrialização, o alimento natural recebe grandes quantidades de sal e açúcar, afetando assim o seu valor nutricional e aumentando consideravelmente seu valor calórico. Na prática, para identificar um alimento industrializado vale observar o rótulo do produto. Um número grande de ingredientes e itens que não são encontrados na sua cozinha, como emulsificantes e óleos interesterificados (exemplos de alguns ingredientes), mostram que o alimento é ultraprocessado. Quando consumido em excesso, o alimento industrializado pode comprometer os mecanismos que sinalizam a saciedade e controlam o apetite, induzindo a um hábito alimentar ruim e, às vezes, à dependência. O hipersabor faz parte da formulação do alimento industrializado para dar extremo sabor. Embalagens gigantes, normalmente, são apresentadas em alimentos processados e ultraprocessados devido ao baixo custo de produção, podendo levar a um consumo involuntário. O Guia Alimentar para a População Brasileira de 2014, preconiza que a alimentação seja composta por mais alimentos in natura e minimamente processados, pois são mais saudáveis do que os outros tipos de alimentos. Para finalizar: descasque mais e desembale menos. Larissa Reis Coelho Amaro Nutricionista Clínica, formada em Modulação Intestinal. Atendimento em consultório. @nutri.larissaamaro